No Amazonas, 637 mil pessoas foram afetadas pela estiagem, conforme indica o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado nesta quinta-feira (25). De acordo com as informações, todos os 62 municípios amazonenses continuam em situação de emergência devido à seca.
André Di Francesco, advogado e mestre em economia, informa que nos últimos anos, a região Amazônica sofreu de secas extremas. “Isso tem consequências devastadoras. Em primeiro lugar, a seca contribui para os incêndios florestais. A falta de chuva torna a floresta mais suscetível a incêndios, que além de destruí-las, liberam grandes quantidades de óxidos de carbono na atmosfera.”
O advogado destaca que a seca também ameaça a biodiversidade da Amazônia, já que a floresta abriga espécies que podem não ter sido descobertas. Para ele, a seca, junto com o desmatamento, está levando muitas dessas espécies à extinção.
“A seca também tem impactos sociais e econômicos profundos. Milhões de pessoas vivem na Amazônia e dependem da floresta para sua subsistência. A seca afeta a disponibilidade de recursos como a água e alimentos, tornando a vida mais difícil para essas comunidades”, ressalta.
Francesco explica que o reflexo direto na atividade econômica ocorre com a quebra das safras, que tem como consequência o aumento no preço dos alimentos que compõem a cesta básica.
Nível dos rios
O 3º boletim de alerta hidrológico da bacia do amazonas, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), mostra que:
- Em Manaus, o nível atual do rio Negro é de 20,65 metros
- Em Rio Branco, o nível atual do rio Acre é de 6,8 metros
- Em Porto Velho, o nível atual do rio Madeira é de 7,37 metros
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