Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a incorporação de práticas industriais alinhadas aos princípios da sustentabilidade incentiva o surgimento de soluções inovadoras e ecoeficientes, além de impulsionar a obtenção de vantagens competitivas. Em consonância à agenda ambiental da CNI, a política “Nova Indústria Brasil”, lançada pelo governo federal esta semana, pretende cumprir metas relacionadas a setores como bioeconomia, descarbonização e transição energética.
O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, aponta que essa é uma oportunidade para que o Brasil avance na chamada economia verde.
“Temos uma grande insolação, temos ventos contínuos e regulares, temos um pacote tecnológico da energia de biomassa, temos um potencial fantástico para o hidrogênio verde. Então, isso tudo coloca o Brasil na agenda que os especialistas chamam de powershoring [relocalização de plantas produtivas para reduzir vulnerabilidades e aumentar a resistência dos países a novas crises], como um elemento de forte competitividade para o país”, explica.
Lucchesi ressalta que o Brasil tem a matriz energética mais limpa do planeta e a mais competitiva a longo prazo. Lembra ainda que a transformação ecológica do processo produtivo deve reduzir a emissão de carbono.
“O Brasil, certamente, vai ser uma das economias que melhor vai produzir a energia verde, de forma abundante e mais barata”, completa.
Segundo o diretor da CNI, a construção da dinâmica desse processo dependerá de “maior convergência das estratégias empresariais com políticas públicas modernas”.
Indústria Verde
Reconhecendo que a indústria desempenha papel fundamental no desenvolvimento sustentável, a CNI apresenta contribuições do setor para a agenda ambiental por meio do projeto Indústria Verde. A iniciativa é uma das pioneiras no setor produtivo ao assumir a responsabilidade de promover a implementação dos compromissos climáticos no país.